quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Previsão do tempo no PR: sol e protesto dos professores


Professores e servidores do Paraná em manifestação nas ruas de Curitiba, hoje.





Desesperador é ler o revoltadão-on-line comentando o evento e culpando Dilma Rousseff pelas ações do governador Beto Richa, do PSDB, correligionário e amigão de Aécio Neves, FHC e S.A. Não estou justificando os erros (injustificáveis e inaceitáveis) desse início de segundo mandato do PT no governo federal. Mas é preciso citar os desastres do governo do estado do Paraná nomenado seu governador, Richa, e seu partido, PSDB (oposição ao governdo Dilma). Tentar botar tudo na conta da presidenta, aliviando costas tucanas, é de uma tacanhice sem tamanho, de um reacionarismo cego que só se prolifera em escassez de neurônios. E há também os parabenizadores-on-line, que pedem a retirada de “bandeiras vermelhas” das manifestações – Oi! O senador McCarthy telefonou, pedindo a estupidez e a paranoia dos anos 50 de volta!


Análises do Oscar – um estudo sobre a elasticidade escrotal


Espiando aqui e ali “análises” sobre o Oscar, os filmes concorrentes, atrizes e atores premiados, a cerimônia, as piadas, o de sempre. No mais das vezes, opiniões, que, claro, têm todo o direito de existir, serem lidas, reproduzidas, compartilhadas, comentadas. Mas são opiniões. Baseadas em conhecimentos técnicos, biográficos, da história do cinema ou o que seja. 

Só que são publicadas – em tudo o que é tipo de site – como se fossem conhecimento científico de ponta. Como se poucos fossem donos de uma erudição e uma competência profissional para analisar o que a maioria não viu e fazer as relações que você jamais acreditaria que existissem. E expor tudo isso como quem chega e diz “silêncio. Eu vou explicar”. 

Certamente que a criatura encontrará muitas outras que pensam da mesma forma; assim como vai angariar simpatizantes quem disser exatamente o contrário (e também como verdade definitiva). Aplausos às opiniões virão de todas os cantos, coroando palpiteiros como gênios da análise, da cultura, das conexões jamais imaginadas e das referências que mais ninguém conhece.

Dureza é que, atualmente, esse tipo de opinião tem sido aceita como reflexão profunda e erudita em tudo o que é debate – político, cultural, econômico... Acadêmico. Repito, claro que todo mundo tem direito a expressar suas ideias e conclusões sobre o mundo. Mas dá uma preguiiiiiiiiiii ver palavrório digno de blog inexpressivo – exatamente como este Trator e sua meia-dúzia-de-4-5-leitores – ser tomado como um presente da erudição à plebe rude e sebosa. Algo que revelará o funcionamento do Universo, o 3º Segredo de Fátima e quem matou Kennedy. 

Deem-nos um tempo, “analistas” e compartilhadores de análises serionas sobre o Oscar. Reúnam-se em simpósios, em bancas, o escambau e não encham. Já a gente vai discutir o assunto em outras instâncias. O boteco, por exemplo. A partir de parâmetros tão eruditos como gostei e não gostei.





      


sábado, 21 de fevereiro de 2015

Extravagâncias pré-Gaga

Moçada de queixo caído com clips musicais internéticos esquisitões, performances bizarras e tals. Acreditando que é algo nunca dantes experimentado. Não, isso não é nada exato. Injustiça com os anos 80 até o último fio do mullet todo emplastrado no New Wave glitter gel. Pôxa.

Dá pra encontrar bailarinos com figurinos do além, em coreografias estapafúrdias, entre efeitos especiais explosivos, cenários apocalípticos, vocalistas dependurados e referências muito, muito estranhas, mesmo em clips oitentões já meio esquecidos. Não estou comparando artistas, nem afirmando que antes-era-tudo-sensacional-hoje-só-tem-barulho, nada disso; só lembrando que esse tipo de bizarrice fez escola há tempos (bem antes dos anos 80, inclusive).

E deixemos de lado os medalhões, os consagrados daquela década; fiquemos com guardados de baús menos visitados.

Esqueça Bonnie Tyler magoada, com o coração partido, eclipsado e tals. Em 1986, ela queria saber E se você fosse uma mulher e eu um homem?. A bordo de ombreiras épicas, ela leva umas 20 horas descendendo num andaime com uma moçada meio Ale-Alejandro. Com luta de homens aleatórios na lama e Rambo virado em Marilyn, a dramaticidade não conheceu limites aqui (de verdade, todo mundo se passando no carão, sensacional!). Eu tinha umas coleguinhas no Instituto de Educação que iam pra aula num visu Bonnie Tyler – e com o uniforme da escola, claro, que aquilo não era bagunça.




Mas isso era quase nada, perto do que Kate Bush mostrava em seus vídeos anos antes. Em 1981, a coisa toda parecia ter saído de um desenho de Goya e aplicado num chão de tacos de madeira. Destaque para os minotauros numa vibe Baryshnikov:


Bom, um ano antes, a gente já tinha ganho Babushka.


Mas voltando aos apocalípticos, em 1984, Duran Duran também teve seus dias de bailarinos em andaimes, pré-fabricados, moçoilos amarrados e dando uns pega no Alien (oi?!).




E o que dizer de Boy George e Culture Club em War Song, também de 1984? Orwell estava no ar, mas não custa botar um colorido nas imagens, ajustar uma peruca, uma base-massa-corrida e uns olhos fatais, né?



Por aqui, juntando tudo isso mais Elke Maravilha, quem dominava era Maria Alcina. Desde o fim dos anos 60, ela já era toda Lady Gaga, muito antes da menina Germanotta nascer. Sensacional Maria Alcina, em entrevista (1987) a Ney Galvão, que era estilista e apresentador.




P.S.: sempre gostei da Lady Gaga, acho uma figura ótima! Mas não é um “marco zero” (aliás, pouca coisa é, né?).


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Mesquinharia, egoísmo e microfascismos cotidianos



(Victor Farinelli, Maria Frô/Portal Forum, fev. 2015)


Em tempo: a expressão Lei de Gerson vem desta publicidade, protagonizada em 1976 pelo “canhotinha de ouro” da Seleção de 70, Gerson de Oliveira Nunes. O texto publicitário infeliz acabou associando o nome do jogador a práticas bem toscas (e atualíssimas) de gente de bem, resumidas na frase “gosto de levar vantagem em tudo”.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O que está acontecendo no Paraná?

Resumo rápido:

100% das escolas estaduais em greve.
Três das quatro universidades estaduais paradas.
Policiais e bombeiros só não param porque sua greve é inconstitucional.
Há poucos dias, os ônibus de Curitiba pararam. Pelo governo estadual – Beto Richa/PSDB.

Na íntegra |aqui|

O que temos visto na imprensa?



Atenção , jornalismo! Alimentem as rotativas!



terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Canetinhas Sylvapen orientando a infância desgovernada

E depois do Bauzinho da Primícia, material escolar obrigatório no século XX era o jogo de canetinhas Sylvapen. Acredito que tenha chegado ao Brasil no começo dos anos 70, com uma publicidade voltada a crianças, família, toda cheia de pedagogia e exemplos educativos...

|1971|

Em estojinhos com seis ou doze canetinhas, qualquer deles cabe no bolso da camisa, porque é do tamanho de um maço de cigarros. Avise seu pai que você também vai mudar para os 100 milímetros (...). É o tipo de vício que vai encher a família de orgulho. E pra não deixar dúvidas, estampava-se o moleque fumando uma das canetinhas, né? A mais mordida na América Latina. Oi?!

Havia uma versão mais longa da publicidade, frisando os aspectos criativos que crianças com Sylvapen em punho poderiam desenvolver:


Dê a seu filho um estojo de Sylvapen 100 milímetros. Talvez um dia, ele corte a orelha. Talvez ele largue tudo e fuja para o Taiti. Ninguém dá Sylvapen a uma criança sem correr um grande risco.
Sensacional!

As tais canetinhas dominaram o ambiente escolar nos anos 70 e 80. Ganhei meu primeiro joguinho em 1977, e como sempre, em dois tempos, elas secavam – eu enchia folhas e folhas de cadernos escolares com desenhos, assim como espaços em branco de livros didáticos ou qualquer outra superfície que os comportasse. A tal da canetinha não durava dois quilômetros, como anunciava a publicidade, mas não era nada que não se desse jeito: uma seringa com álcool fazia as vezes de “recarga”, quer dizer, grandes manchas coloridas garantidas, borrões que se espalhavam assim que você encostasse a ponta da caneta recarregada com álcool 90º no papel. E as manchas passavam de uma folha a outra, provocando um mês de lições borrocadas (e um blablablá sem fim na sua orelha, claro).

No começo dos anos 80, não tenho certeza da data, apareceu o sonho de consumo em forma de canetinha Sylvapen: um estojo que parecia uma embalagem de Marlboro. Do tipo flip-top, imitava uma carteira de cigarro com perfeição. Também tive dessas.



Quédizê, coisas de um tempo todo trabalhado na inocência, na brincadeira criativa e saudável, que não se vê mais hoje em dia, néammmm? Eu cresci desenhando com Sylvapen e meu sonho profissional era ser desenhista, o que quer que isso fosse. Faz décadas que não desenho, mas em compensação, até uns anos atrás, fumava quase duas carteiras por dia – sabem como é, ninguém dá Sylvapen a uma criança sem correr um grande risco...

Coisas que formam um caráter desgovernado.
   


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Sexo, apologia e críticas – não faça isso errado!


Variações sobre o mesmo tema. Ainda sobre campanhas publicitárias desastrosas. Especificamente, a da Skol. 

Concordo que campanhas publicitárias não fazem apologia ao estupro. Apologia é outra coisa – mais direta e mais assumida, coisa que a ambiguidade da publicidade não permite. Mas não há dúvidas de que fazem a propaganda do mundo-cueca, da testosterona como “motor da história”, do machismo e da misoginia como análise de mundo (ideias muitas vezes abraçadas por todos os gêneros).

Claro, as pessoas não são obrigadas a comprar o que as marcas e as agências publicitárias vendem. Mas têm todo, mas todo o direito de criticar, sapatear e interferir em mensagens plantadas em espaços públicos e com as quais não concordam.

Sim, a livre expressão de ideias deve estar garantida. Para todos, belê? Você expõe – ou melhor, grita – sua visão de mundo em cada esquina, tela, página impressa. E não quer reação? E exige pleno aceite? Não dá, né?

Além do mais, boas notícias, marcas, agências e consumidores que se sentem oprimidos por uma horda-de-feministas-terroristas-que-explodirão-a-cabeça-de-quem-estiver-olhando-uma-bunda*: as ideias sobre o mundo não são permanentes. As experiências sobre este mundo também não. Machos-alfa existem em todos os recantos sociais, mas isso não é uma lei da natureza. Nada que mudanças sociais não deem jeito. Nada que evolução de ideias não alcance.

Isso não significa a apologia a um mundo esterilizado, moralista, assexuado, a policiar transgressões, feita por mulheres mal-amadas-feias-sem-alegria-na-vida-estraga-prazeres-recalcadas ou pela ditadura-LGBT. Pois, pasmem cérebros-cueca (presentes em muita cabeça feminina igualmente): vocês não detêm a exclusividade sobre o erotismo, o sexo, a pornografia, a transgressão. Esses não são recantos unicamente dedicados a vocês. E a multiplicidade existe não para a sua satisfação apenas nem seu julgamento. Não gostaram? Ok. Aceitem e superem – como sugerem as propagandas do mundo que vocês consideram ideal. 

Ou então, simplesmente aceitem o fato de que suas ideias não são o limite do mundo conhecido; seus referenciais sociais, morais, sexuais e o escambau são só seus. E receberão críticas na medida em que as pessoas tiverem outras ideias. Provocarão reações inversamente proporcionais ao establishment em que você se agarra.   

Sugestão de documentário para a semana, só pra acrescentar ideias:






* é sempre bom explicar que se trata de uma imagem irônica, tá? Não se tranquem em casa esperando ataques em suas vidas tão coerentes e sempre-foi-assim.



domingo, 15 de fevereiro de 2015

Nefasta mistura de política + religião


Raif Badawi. Saudita. Casado. Três filhos. Escritor e ativista.
Preso em 2012. Condenado a 10 anos de prisão e 1000 chicotadas.
Crime: apostasia (renúncia à religião, ato considerado criminoso em Estados islâmicos). 
Atividade real: criação e manutenção de um blog com discussões políticas. 
Questionamentos. Sobre ideias e líderes. Político-religiosos. 
Citou o círculo de fé e medo que as religiões impõem. 



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Questão social continua sendo “caso de polícia” – professores no PR



Professores e servidores estaduais do Paraná, em manifestação contra as “medidas de austeridade” impostas pelo governador Beto Richa e aliados – leia-se cortes em salários, fim de progressões em carreiras, de direitos e da dignidade profissional. Ao mesmo tempo, saudáveis e gordos aumentos a deputados, secretários, assessores em cargos de confiança e agrados a empresários aliados.

Centro Cívico – Curitiba


Na negociação do governador, o já esperado: BOPE, PM, spray de pimenta, declarações oficiais e moles sobre “baderneiros” e zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz... 

 

 
 



Deputados protegidos em camburão do CHOQUE ...

... escoltados...

... e entrando pelos fundos.

O não esperado: que o circo violento do governador e do secretário de segurança não funcionasse. Provavelmente, apostaram que seria como em 1988, quando Álvaro Dias e sua equipe mostraram o que entendem por democracia.


Mensagem dos servidores aos deputados:





quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Esqueci a "Skol" no lixo

Aos poucos, talvez publicitários e empresas percebam que o século XXI já começou há algum tempo. Claro, os da Skol provavelmente necessitam de meio século para que o bolor mental comece a descolar. Mas aí, a gente ajuda a pegar no tranco.


Contexto: mais uma – entre tantas – desinfeliz e tosca campanha da cerveja Skol para o carnaval. Naquela linha cueca, mulher que bebe é de quem pegar primeiro; um não significa que elas tão-querendo-mas-tão-fazendo-cu-doce, então, force a barra; no carnaval, vale tudo e não tem não; “topo antes de saber a pergunta”; mostrem-nos gostosas gemendo, somos machos e o mundo é nosso!; mulheres estão no mundo para agradar machos em geral... (e quem não concorda é feia-mal-comida-recalcada). 

Já que alguns publicitários e marcas se recusam a participar da teoria da evolução (provavelmente porque lhes falta o instrumental necessário), é preciso explicar com mais precisão. Foi o que fizeram Priscila Ferrari  e Mila Alves, do Coletivo Chute. Claro que vai rolar correria pra retirar os lixos publicitários e substituí-los por alguma mensagenzinha hipócrita, metida a educativa e divertidinha. Danem-se. O que pode deixar a mensagem mais clara ainda é o boicote. Neste carnaval, esqueça a Skol no lixo! Pra sempre.


Veja quem está se lixando pra você hoje em Florianópolis




É um enrosco. Mas vamos lá, é simples de entender. O prefeito Cesar Souza Jr. havia vetado um projeto que suspendia aumentos no IPTU de moradores de Florianópolis. O tal projeto fora votado no fim do ano passado – de autoria do vereador Afrânio Boppré (PSOL), foi aprovado por unanimidade na Câmara Municipal. Logo, nada de aumento no imposto.

Mas vai daí que o novo ano chegou, as negociatas, os acordos, as pressões e os presentinhos deram as caras. E o que era unanimidade, “de repente”, deixou de ser. Hoje, em nova sessão sobre o IPTU e seu reajuste, votaram a favor do aumento, garantindo a festinha do prefeito:

- Aldérico Furlan (PSC)
- Dalmo Meneses (PP)
- Dinho (PMDB)
- Erádio Gonçalves (PSD)
- Gui Pereira (PSD)
- Pedrão (PP)
- Renato Geske (PSD)
- Roberto Katumi (PSB)
- Tiago Silva (PDT)

E, creiam, se abstiveram estas criaturas 

- Célio João (PMDB)
- Celso Sandrini (PMDB)
- Deglaber Goulart (PMDB)
- Edinho Lemos (PSDB)
- Marcelo da Intendência (PDT)
- Jerônimo Alves (PRB)
- Guilherme Botelho da Silveira (PSDB)

Afinal, o que um vereador tem a ver com o IPTU, não é mesmo? Ora, discutamos coisas mais relevantes, como tramoias em licenças ambientais, propinas, aumentos de salário, taxas de bancada, tabus religiosos, enfim, temas da cidadania pura.

Em tempo, votaram contra o aumento (e o veto do prefeito):

- Coronel Paixão (PDT)
- Dr. Ricardo Vieira 
- Edmilson Pereira (PSB)
- Jaime Tonello (PSD)
- Josemir Cunha (PSOL)
- Vanderlei Farias (PDT)
- Lino Peres (PT)

Então, usando aquela linguagem de gente do bem que deixa comentário viscoso on line, este Trator gostaria de parabenizar todas e todos que votaram, fizeram campanha e puseram tais pessoas à frente das decisões sobre a cidade. Lembrando que terão que pagar o novo IPTU como todos nós, mas sorrindo, afinal, esta é a Florianópolis que vocês queriam, moderna, dinâmica, toda cheia das oportunidades, competitividade e demais lorotas de marqueteiro de quinta categoria (mas que funcionam, como se vê). Se abracem na Veja e chorem na ponte, enquanto ela não cai.





Ignorância + poder: uma mistura inflamável




|trechos da última entrevista de Carl Sagan, concedida a Charlie Rose 
em 1996, no lançamento de O mundo assombrado pelos demônios



P.S.: sem reclamações sobre a musiquinha, belê? Não fui eu que escolhi; mas quem escolheu foi bacana o suficiente para legendar a bagaça e disponibilizar o vídeo. Oras.




domingo, 8 de fevereiro de 2015

Ponta do Coral – resenha rápida para concursos...


ONTEM

Campanha eleitoral (2014) de Cesar Souza Filho, então candidato do PSD à prefeitura de Florianópolis. Atual prefeito.


HOJE


SEMPRE
(parte essencial, a decorar)


Rede de Intrigas 
(Network, 1976)


O ridículo (e deprimente) é observar a legião que “parabeniza autoridades”, em páginas on line aleatórias, tentando neutralizar o debate que as notícias possam gerar. Recompensados para preencher espaços do leitor com palavras de marqueteiros políticos ou de saudosistas dos bons costumes, angariam simpatias entre os que aplaudem a tal da “elite vencedora”, crentes de que a ela pertencem pelo simples fato de lamber-lhe os pés... 




Sobre o tema, não veja – se informe: