sexta-feira, 29 de maio de 2015

“Bateram no Richard Dawkins!” ...

... foi o que eu pensei assim que vi esta foto no Twitter, com o título Letter from Brazil...


Mea culpa, assumo o preconceito babaca que dominou meu juízo, apenas por ter lido uma frase, visto uma imagem e deduzido um fato em questão de segundos. Do tipo: com a quantidade de moralista solto por aí; com a violência que a direitona-miojão tem empregado em bando; com a polícia nacional hidrófoba e enfurecida, pronta a descer o sarrafo na população em qualquer tempo – enfim, com essa nata intelectual à solta pelo país, argumentando no soco, Dawkins só pode ter sido a vítima da vez. Diz aê se não dá pra imaginar bolsonarianos, felicianianos & fetichistas-da-farda se jogando em cima de ateus pra mostrar que deus é amor e que aqui não tem dessas paradas ateias-viadas-travestis-comunistas não!

Feio, né? Pôxa... Alguns reacinhas até que têm educação... Até que conseguem ler um texto inteiro, possuem rudimentos de raciocínio, entendem uma piada e mesmo consideram que a liberdade individual possa estar acima das superstições dos preceitos que eles mais têm em conta. Mas mesmo tendo tudo isso em mente, não pude evitar. Que feio, Trator.

Ah, sim! Dawkins não apanhou da Liga Cívica Cristã nacional. Ele apenas tropeçou e caiu em cima dos óculos quando ia pegar um avião em São Paulo.



Um arraial chamado Universidade


Matéria Universidades ou fábricas?(recorte abaixo) falando a respeito de coisas sobre as quais eu penso há muuuuuito tempo. Por que eu sou gênio analítico? Claro que não, apenas por que disso, sabe muito bem quem circulava e circula pelo tal do “meio acadêmico”, então e agora. E me emputecem, então e agora.


Faz décadas que tentam me convencer de que não há muitas maneiras de estar na Universidade, de que se você “quiser sobreviver”, tem que ”jogar o jogo” e por aí vamos. 
E hoje, o que eu mais escuto é: o grande interesse de você estar na universidade e ser professor é a possibilidade de se dedicar a sua pesquisa e ser pago pra isso. A chatice é ter que dar aula, mas faz parte... 




quinta-feira, 21 de maio de 2015

Baderneiros! Lei de Segurança Nacional neles!



Afinal, querem um Estado comandado por militares? Vão pra Rússia, abraçar o Putin! Não queiram obrigar pessoas-de-bem (hehehe), defensoras da democracia, da diversidade e do livre pensar a sustentar partidários da farda, da violência e da corrupção*. Não é pra isso que eu pago impostos! Oras...



* Não que não os haja atualmente em cargos de decisão...

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Pesquisas espaciais







Parcerias público-privadas: Palácio Iguaçu & cérebros moloides

Desde a primeira vez em que eu entrei numa sala de aula (nos idos do século XX), o que mais escutava é que no Brasil não há educação; em países de primeiro mundo a escola é sensacional; no meu tempo, ensino público tinha qualidade e blablablá. Frases feitas, prontas a saírem da boca de qualquer criatura que articule duas sílabas, sem maiores reflexões sobre o que significam. Continuo ouvindo-as.

Mas na hora H, quando está em questão o ensino público nacional, quando há pressão de professores por melhores condições de trabalho (que incluem escolas bem equipadas, por exemplo), o que se ouve mesmo é aquele eterno eco reaça-sem-vergonha, que só faz se propagar. E tomar o espaço do debate, corroborando políticas públicas lixo.

Quédizê, a reflexão política sobre o país se resume a bater panela para exigir que a própria situação pessoal melhore. E agora. Caso contrário, é uma ver-go-nha (entonação Bóris Casoy). Quando há quem realmente batalhe para que as coisas se modifiquem, quem não aceita o que é empurrado goela abaixo, aí não! Aí, já é baderna. Caso de polícia. Reclame feito uma gralha, diga muita merda: tudo bem. Mas tomar atitudes verdadeiras e ocupar os lugares de decisões políticas (por direito), não, de jeito nenhum – coisa de black-bloc-ateu-feminista-gay-“esquerdopata”... que mais?

Sobre a “Batalha do Centro Cívico” (em que a polícia militar do Paraná desceu o sarrafo nos professores, por ordem do governador), eu estava na contagem regressiva da depressão, só esperando o vento do senso-comum voltar a soprar. E não deu outra. A não ser que o Palácio Iguaçu esteja remunerando comentários em sites de notícias... Afinal, nessas alturas, teoria da conspiração é a melhor explicação para a rasteirice mental que transborda. Porque imaginar que tem vivente que realmente acredita nisso aí embaixo é de deixar assaz, deveras e no mais profundo desespero, né?


Por outro lado, a explicação de que a educação é dos grandes problemas do país não é falsa. Só por essa meia dúzia de comentários percebe-se os prejuízos que um sistema cognitivo não desenvolvido adequadamente pode acarretar, né? Pois cérebros não exigidos acabam parando por aí...

|LAERTE|



sábado, 16 de maio de 2015

sexta-feira, 15 de maio de 2015