terça-feira, 30 de junho de 2015

Corujas ♡




E você aí... se achando grande coisa.





Trator Fashion Week

Consorte achou dessas e me enviou (a imagem):

Daí que já queria. Achei que poderiam ornar com minhas Havaianas plataforma pretas e me mandava pra facul, né? Sentar ao lado da coleguinha que diz que gosta de mim porque adora velho... Seja como for, Trator também é féxion, sobretudo quando vai à aula do prófis que carca a mão na Piaf.

Eu chegando na facul.





sábado, 27 de junho de 2015

domingo, 21 de junho de 2015

Era pra ser sério?

Matéria do caderno Mercado da Fôulha, sobre uma professora da USP que abriu um negócio e, pouco depois, fechou. 
Depois de interpretar o título, a gente se diz: tá. Meldels, profe da USP que fechou um negócio, que país é esse #culpadopt 

Aliás, não se trata apenas de uma profe, mas alguém trabalhada na titulação, né?


Continuemos, para captarmos o talento jornalístico que transborda no relato de fatos da vida:

Nós que estamos fora desse circuito emebiêi finance, company, financial and economic acreditamos tolamente que podemos entender os meandros da Mão Invisível, é ou não é? E vai daí que rolam coisas como excluir do Fêici, que te botam no devido lugar, chupando a manga da ignorância sobre temas tão complexos, ações tão sofisticadas. Nessas horas me dou conta do quanto falta para atingir certo patamar intelectual... Mas vamos adiante:
Entendem o drama? Todo mundo acha que quando somos da classe A, as coisas caem do céu! Mas não! É preciso compreender as dificuldades, muitas vezes intransponíveis, como mergulhar pra valer numa classe social diferente. Quem nasceu classe A nunca vai conseguir se rebaixar até a chinelice, moçada. Coisa intrínseca à toda essa riqueza, entendem? Não dá pra se aviltar quando se é naturalmente superior, oras...

Enfim, tá explicado. Além de #QuePaíséEsse?, o que contribuiu pro fracasso da elite vencedora foi a cafonice das classes B e C, que sequer sabem degustar um frozen yogurt, por total falta de sofisticação gastronômica; vão logo se jogando no potão Kibom de supermercado, e aposto que compram mais quando tá na promoçã, esses desclassificados!

Bonus:
Sérião agora, fico aqui me perguntando sobre o que se ensina atualmente em certos cursos universitários, incluindo marketing e jornalismo...



quinta-feira, 11 de junho de 2015

Pizzolato é nosso! Tá?


A gente já avisa, caso algum brasileiro de outro estado queira tirar uma casquinha do nosso famoso. Tá? É corrupto? É. Mas o importante é que estão falando dele, inclusive na imprensa estrangeira. Vai que um pouco dessa fama internacional magia respinga na gente, né? Tá valendo qualquer coisa pra buscar protagonismos, moçada!

  

Christopher Lee (1922-2015)




quarta-feira, 10 de junho de 2015

“Mas precisava ser tão vulgar?”

Dia desses, na facul, um cartaz – papel bobina desenrolado de um andar a outro. Pintada em várias cores berrantes, a frase “Eu não me visto para provocar a sua libido. O mundo não gira em torno do seu pau.”

Fotografado,  o cartaz apareceu nas tais redes sociais do arraial. À distância,  percebi o furor que causou. Ou melhor: a indignação. De pessoas lidas-estudadas, declaradas anti-machismo e etc. Ressaltavam a vulgaridade. Frisaram ser desnecessário algo assim, nesses termos. Alguns “analistas” sugeriram que “algo” deveria estar faltando a quem tornou público o pensamento.




E aí,  fiquei boquiaberta, me caíram os butiá dos bolso, como diz um amigo; no melhor estilo assaz e deveras. Pois aconteça o que acontecer, passe o tempo que passar, o padrão cueca de análise de mundo parece sobreviver sempre, e pior, nos meios mais improváveis. O da academia, por exemplo, onde ideias deveriam se apresentar, incomodar, fazer discutir. E o tal padrão parte igualmente de homens e mulheres.

Não vi comentários sobre o tema do cartaz, apenas sobre seus termos. Implicitamente, uma condescendência de olhos revirados, a dizer tá, a gente até concorda, mas precisava dizer assim?. Não acompanhei outros “debates” a respeito pra saber de outras reações. Mas pude constatar que o mais-do-mesmo tá na área, a repetir chavões do século passado, mesmo nas humanas e sociais (tá, inteligência não é apanágio das ciências humanas, mas poderia ser um bom objetivo a ser perseguido, né?).




Seja como for, nunca vi moçada se manifestando tanto quando ouve que “fulaninha é uma gostosa, eu comeria/pegava”, sentenciado tranquilamente, abertamente, entre pares, informalmente, “de boa”, numas de descontração. Ouço risos sinceros e engraçadinhos quando alguém diz que o que falta praquélali é “um desse tamanho”, frase que se faz acompanhar de um gesto que, provavelmente, o Brasil Colônia viu nascer. Dizer que falta a mesma coisa praqueleali seria nada a ver, não tem a mesma graça, não confundamos as coisas. A não ser que se queira “xingar” alguém de viado, aí vale, né?

Quédizê, a questão aqui não é que todos adotem puritanismos semânticos, nem que haja  castrações de machos em rituais “feminazis” (tem quem jure que isso existe). Apenas fazer perceber como ainda se reproduzem ideias que um dia definiram o que é vulgar em uma boca feminina (insira aqui seu trocadilho ou piada não vulgar... HAHAHAHAHA!), aquilo que não deveria  ser enunciado, ao menos, não desse jeito, né?. Tá.

E claro, moralistas são os outros. Machistas e pudicos idem. Fundamentalistas, igualmente.




É a tal história: debata a ideia, pessoa letrada e engajada. Não pare no que o seu julgamento considera vulgar. Discorde do que for, mas não use os mesmos padrões que considera abusivos ou ultrapassados para classificar algo. Por fim, o que exatamente está incomodando?

Bonus track Caso Verdade: no século passado, meu pai se convenceu de que eu não pararia de fumar. Fumante ele mesmo, quando se deu conta de que eu continuaria pagando pelos meus cigarros a hora em que quisesse, disse, com a “gravidade” que o tema exigia (!): “Só vou te pedir uma coisa. Não fume na rua. Ainda mais se estiver sozinha. Não pega bem.”

Porque coerência é fundamental, né?... Seja como for, tem dias em que tenho a sensação de que meu pai tem uns amigos espalhados em tudo o que é canto. Qualquer dia, tomam uma cerveja juntos. Juntos,  porque não pega bem falar de certas coisas quando mulheres estão presentes. Oras.








domingo, 7 de junho de 2015

A série da família brasileira

Vendo Magnífica 70 e pensando que Nelson Rodrigues foi praticamente um Sérgio Buarque de Holanda quando o assunto era a marcha da família brasileira pelos valores morais. 

Quero dizer, assim como Sérgio Buarque escreveu o fantástico Raízes do Brasil, ponto de parada obrigatória para entender nossas origens sociais, Nelson Rodrigues tornou visíveis as esquizofrenias familiares tão comuns nessas paragens – em maior ou menor intensidade. 

Moralismo, apadrinhamentos, violência, perturbações, noção de família e seus valores próprios como algo que invade espaços públicos, e a lista vai longe. Mesmo não tendo saído da Remington do dramaturgo, a história toda está carregadíssima de seus indícios.  

Além do que, ver Paulo César Peréio todo trabalhado na farda e no coturno é impagável. Generalíssimo, porra! E há esperança pra quem ainda associa Marcos Winter ao Juventino-Pantanal-Juma-Marruá: ele está ótimo como funcionário da Censura Federal. E o resto é pra ser ver.

Vejam aê! Bem bacana.




sábado, 6 de junho de 2015

Enquanto “pessoas de bem” combatem “ditadura gay”...

... as do mal saqueiam a democracia.
Adivinhem qual das proposições do título é falsa..
Adivinhem por que “pessoas de bem” e povo do mal não são grupos distintos...



Mas não interessa, né? Importante mesmo é berrar contra a corrupção e a dissolução moral exigindo o retrocesso do mundo – e, claro, que arrumem cargos vitalícios à minha prole medíocre

Bora atropelar travesti e quebrar lâmpada na cara de gay para limpar o mundo! Já eu, fico sacando a bunda e a moral de quem passa na rua enquanto folheio a bíblia e exijo que você pague dízimo também...  
Gloriadeus!


quinta-feira, 4 de junho de 2015

Enquanto há professores das redes públicas estaduais e municipais desse mundão passando um perrengue do inferno por conta de salários indecentes e condições de trabalho vergonhosas, há profes universitários federais, do tipo revolta-ostentação que queimam a cara da categoria. Grave. Feio. Indelével. 


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Hoje acordei meio 1992...



Annie Lennox – Why |1992|


... e com aquela saudade de sempre...