sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Um esgoto chamado “imprensa brasileira”

Foto de desastre, já se sabe, vende que nem pão quente. O patrocinador corre para ter seu anúncio vinculado às fotos de catástrofe. Você nem percebe, mas já deu um clique para determinada marca. Agora, se houver qualquer coisa que lembre um pornô tiozão e eventuais “gostosas” disponíveis para que cuecas se satisfaçam, melhor ainda!

Para isso, entra-se na página de uma das vítimas do acidente e selecionam-se fotos para que o povo se esbalde. Disfarça-se essa nojeira marqueteira com uma suposta “descrição neutra” e aguardam-se os cliques, os comentários, a polêmica sobre nada. Qualquer reação contrária será taxada de “ataque à liberdade de imprensa”. E calem a boca. Importante é expor mulheres para assanhar acéfalos e vender.



Servicinho de 5ª categoria da Folha de S. Paulo, assinado por Eliana Trindade.