quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Trator de luto – Nicolau Sevcenko

Se foi Baccal Fenomenal, a maravilhosa Lauren, que eu adorava desde criança. Mas o luto desgovernado fica mesmo é por conta da morte de Nicolau Sevcenko, figura que sempre achei sensacional, um horizonte intelectual e profissional.


Tive a sorte de vê-lo poucas, mas felizes vezes. Me lembro da surpresa ao conhecê-lo, nos anos 90, na UFPR. Acredito que à época do lançamento de Orfeu extático na metrópole. Chegou com botas pontudas, jeans rasgado e uma gravata vermelha. Tomava Pepsi, não a aguinha acadêmica sempre à disposição nas mesas. Anos depois, num encontro nacional de história, fui assistir a uma palestra sua e, depois de tomar muita coragem, consegui fazer uma pergunta. Ele começou me respondendo “Sim, muito interessante...” e eu me senti derretendo pelo chão, feito gelatina se liquefazendo. Não lembro do que ele respondeu, pois eu sou completamente ridícula em face de figuras que considero sensacionais.

Sei lá, era mais ou menos como estar frente a frente com o Sr. Spock...Seja como for, sempre será dos intelectuais que eu mais respeito, daqueles que eu tenho como baliza na vida – claro, olhando bem de longe até onde chegam as reflexões de um grande pensador.

Uma entrevista dele na Revista de História, de 2007, contando sobre sua formação e a opção pela história – daquelas entrevistas que só reforçam os motivos pelos quais você admira e respeita muito uma pessoa |aqui|.

E entrevista no programa Provocações, em 2001 (acho).