quinta-feira, 26 de março de 2015

Sensacionalismo mórbido – quando a imprensa é mais que ridícula

 
 
 
 
 

É trágico, não há o que dizer. Pobres famílias e amigos que perderam seus próximos. Mas assim, imprensa: quantos mortos anônimos por dia, né? Alguns até de fome... Ah, sim, mas isso seria demagogia de minha parte. Correto mesmo é chafurdar restos mortais pra garantir clics, é requentar acidentes e garantir lágrimas patrocinadas. Será que um dia vão eleger as musas de acidentes?

Pior: tem quem clica pra ver!

Oscar, traga meus sais. E um Engov!


Fornecedores do lixão: sites BBC, Estadão, Folha, Diário Catarinense, G1.


segunda-feira, 23 de março de 2015

Cláudio Marzo (1940-2015)



Oi?!


...?

Pra começar, o que seria sinônimo de “sal gourmet”?

Podemos imaginar...

Ah, vá! 

Especialização é tudo.

E tem cartel com “boa-fé”?

Depois de Marte Ataca e dos Incas Venusianos...

Né?

Devem “harmonizar com sal gourmet”...




→ sites Folha, Estadão, Gazeta do Povo e BBC.

domingo, 15 de março de 2015

Cenas explícitas de vergonha alheia

Então, crianças. Que o quadro político do país é calamidade pública, não há dúvidas. Também não as há quanto ao direito de manifestação de todas as pessoas, ao direito de se oporem, contestarem e por aí vai.

Mas a coisa pega quando o nível de informação, de conhecimento e do debate político tem que subir no banquinho pra conseguir rastejar... 

Levam o caneco do dia:

Faixas na manifestação de hoje e na Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 1964. Só lembrando que a foto de 2015 é a colorida, ok? Mesmo assim, fica a dúvida: que século é hoje, moçada?! E este povo tem acompanhado notícias sobre política internacional?


Já a minha esperança continua depositada na justiça social e, sobretudo, num ensino de qualidade, que não deixe aberrações intelectuais como esta se perpetuarem e ganharem visibilidade... 



Idem!
Pô, maçonaria! Que português-lixo é este? Vão pra escola, baderneiros!

Assim, gata: a gente sabe que você taí, toda linda, patriótica e trabalhada no europeísmo. Mas pelo menos abre um Larousse de poche antes de largar erro assim num cartaz cagado desse. 
Allons, soyons sérieux : c'est quoi cette merde ?!

Fenômeno.

Nossa, lembranças de infância e do Paulinho Soares! → |aqui|

Um bom entendimento do contexto é tudo, né?

Idem.

Por onde começar...?

D. João Henrique de Orléans e Bragança, príncipe do Brasil, pedindo respeito. Acho justo. A legenda do Portal Terra chama Sua Alteza Imperial de “João, que é fotógrafo e empresário”. Não há mais respeito por nada neste país. 

E enfim, a síntese perfeita, pela sensacional Laerte:



  

segunda-feira, 9 de março de 2015

domingo, 8 de março de 2015

Dia Internacional do Clichê-Consciência-Fofa-e-Cueca

Vários os sites com textos bacanas acerca de feminismos, condição da mulher e afins, publicados SEMPRE. Não no “dia internacional”. Mas a visibilidade é dada às bostas invariáveis, mais-do-mesmo-e-muito-ruim, cheias dos floreios e frases de efeito que tentam disfarçar a miséria do debate. 

E não pense que isso é exclusividade da mídia inflada e onipresente – nunca vou esquecer de postagem no fêici de sujeito ultramoderno, profissional descolado e dizquerda, que publicou já ter lavado a louça e dado banho nas crianças em pleno dia internacional da mulé! Arrematou a vergonha alheia com “Mas hoje a homenagem é pra vocês, queridas”. Foi aplaudido, recebeu joinhas e declarações de amor. Até hoje, tem quem me pergunte o que houve de errado nisso...



Os clássicos mulé-moda-cozinha. Porque moda e cozinha integram o DNA das mulheres. E só delas. Em tempo: o problema da chamada não é a Bündchen, como se tenta fazer crer quando há críticas feministas (claro, tudo um bando de feia-mal-comida, que tem inveja dazbunita, né?)


Homenagear mulé é coisa que faz quem parabeniza-on-line
“Gostaria de um momento de atenção para que EU possa render, magnânima e eloquentemente, uma homenagem a _ _ _ _ _ _ _” |complete com o nome/a categoria do homenageado (a)| . E claro, homenagearemos mulheres que não dão bola para a crítica e as convenções – não as que discutem e fazem de tudo para que isso mude (isso é coisa de feminazi).


Porque o olhar coxinha sobre o mundo se manifesta em todas as situações...


Oi?! 


Sim, a sua pesquisa será sempre “a melhor homenagem”. É coisa que mulheres estão aguardando ansiosamente, aflitas, batendo no chão a ponta do pezinho e torcendo o lenço de renda entre dedinhos trêmulos ✿ (valei-me Joaquim Manuel de Macedo!). By the way, também fico impressionada quando encontro mulheres com “características humanas e profissionais”. Coisa rara, né? A gente bota reparo quando vê que existe. Tem mais é que homenagear!

Contagem regressiva para as pérolas reclamantes de publicitários sem noção/cuecas/sou-feminina-não-feminista:
Vocês não sabem o que querem! 
Se a gente é legal e elogia, chama de bonita e diz que pegava, acham ruim. 
Se a gente aproveita a data e se lembra de uma mulher inteligente, reclamam.
Se a gente ressalta a sensibilidade, que é atributo 100% feminino, não gostam.
Se a gente dá rosa, não querem.
Reclamam quando a gente associa salto alto, batom e choro fácil às mulé.
Acham ruim botar uma bunda e um poema do Vinícius como homenagem.
Vocês não têm humor! O negócio é parar de perder tempo tentando ser gentil, viu?

Recortados de Folha, Estadão, Gazeta do Povo e DC online; página do Senado.