segunda-feira, 25 de agosto de 2014

O que tem pra hoje na 1ª página?

PAREM AS ROTATIVAS!!! Parem o mundo! A-go-ra!

E vocês continuam na busca patética por “informações”? Quédizê, a guerra tá se aprumando na fronteira, e a moçada querendo discutir política, economia, livros, filmes, esportes, humor, imagens, textos bacanas? Francamente!  Vergonha de vocês!



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Audaciosamente indo aonde não deveria...


Sempre espio o horário eleitoral gratuito na TV, ao menos uma vez, a cada eleição. Continua dispensando maiores comentários. Menores também. Algumas coisas me deixam assaz e deveras, como a quantidade de pastores tentado se eleger como deputados federais. E bispos. Aliás, aqui, temos um tal de Pastor Bispo. Além de uma quantidade de militares, principalmente cabos e sargentos. Arrepios gerais.

Um desses espécimens conseguiu uma proeza. Candidato por um desses partidos republicanos-progressistas-liberais-conservadores-trabalhistas-pela-ordem-marchando-com-deus-e-a-família da vida, o sujeito aparece vestido e engravatado de preto. Engata o blábláblá que começa com “vamos juntos” e tem a pachorra, vejam bem, a pachorra, de finalizar o monólogo indecente com vida longa e próspera. SIM!!! O dif tor heh smusma vulcano utilizado assim, na cara dura (e péssima), com direito à saudação com os dedos em V. Sério, não se respeita mais nada neste mundo?! 

Só que assim, candidato absurdo de um partido abjeto: vulcanos em geral te ignoram.


Outros se enfadam com sua desinteligência.


Outros, já se conformaram à ideia de que humanos ultrapassam qualquer limite aceitável quando se trata de falta de noção.


Mas T'Pau te despreza. 

Lembre-se disso.



sexta-feira, 15 de agosto de 2014

O pterossauro é nosso meu!

Na Folha online:

 N'O Globo

Na Gazeta do Povo (PR)

E no Diário Catarinense
Rá!
Tá?!



quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Trator de luto – Nicolau Sevcenko

Se foi Baccal Fenomenal, a maravilhosa Lauren, que eu adorava desde criança. Mas o luto desgovernado fica mesmo é por conta da morte de Nicolau Sevcenko, figura que sempre achei sensacional, um horizonte intelectual e profissional.


Tive a sorte de vê-lo poucas, mas felizes vezes. Me lembro da surpresa ao conhecê-lo, nos anos 90, na UFPR. Acredito que à época do lançamento de Orfeu extático na metrópole. Chegou com botas pontudas, jeans rasgado e uma gravata vermelha. Tomava Pepsi, não a aguinha acadêmica sempre à disposição nas mesas. Anos depois, num encontro nacional de história, fui assistir a uma palestra sua e, depois de tomar muita coragem, consegui fazer uma pergunta. Ele começou me respondendo “Sim, muito interessante...” e eu me senti derretendo pelo chão, feito gelatina se liquefazendo. Não lembro do que ele respondeu, pois eu sou completamente ridícula em face de figuras que considero sensacionais.

Sei lá, era mais ou menos como estar frente a frente com o Sr. Spock...Seja como for, sempre será dos intelectuais que eu mais respeito, daqueles que eu tenho como baliza na vida – claro, olhando bem de longe até onde chegam as reflexões de um grande pensador.

Uma entrevista dele na Revista de História, de 2007, contando sobre sua formação e a opção pela história – daquelas entrevistas que só reforçam os motivos pelos quais você admira e respeita muito uma pessoa |aqui|.

E entrevista no programa Provocações, em 2001 (acho).








terça-feira, 12 de agosto de 2014

Robin Williams (1951-2014)


Birdcage, 1996.


Vade retro, peçonhento!

Dia desses eu assuntava sobre os bichos de estimação ideais. Pra mim, sapos e lagartixas são indispensáveis, pois consomem mosca, mosquito, aranha marrom e demais espécimens nada simpáticos. Infelizmente, apenas as lagartixas dão as caras, veiz em quando, por aqui. Preciso arrumar rãs, sapos, pererecas, não necessariamente nesta ordem.

Além disso, queria um suricato, pois vi que o sujeito devora escorpiões. Poderia ser uma família de suricatos, porque solidão animal não é o caso, né? Ouvi argumentos sobre a inexistência de escorpiões onde ora habito. Mas eu sempre penso “vai quê...”, afinal, episódios de Jonny Quest e aberturas de filmes de Sam Peckinpah formaram meu caráter.

Aí hoje, isto:


Tá?! Então, quem souber de algum suricato para adoção, por favor, entre em contato. Obrigada!




segunda-feira, 11 de agosto de 2014

One Man Band



Andrew Jimenez & Marc Andrews / Michael Giacchino
Pixar, 2005


sábado, 9 de agosto de 2014

Clica, pelamordedeus!!!


Mostrar capa da Playboy, aparentemente, não tá mais “agregando cliques” (como diriam emebiêis). É preciso apelar aos instintos de leitores e leitoras pudicos ou aos cliques de visitantes com 11 anos (ou talvez tenham sido editores/editoras de 11 anos que montaram a chamada). Sem calcinha, moçada! Na Playboy! Se não funcionar, a gente recorre a um pelada; completamente nua também resolve. E se não clicarem depois disso tudo, pede-se pelamorde, clica! A gente podia estar roubando, matando ou mentindo, mas estamos aqui, recorrendo ao que há de mais patético pra promover a revista e garantir uns trocos! 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Como fazer texto tendencioso passar por reportagem

Numa chamada, delineie a ideia de parasitas sociais se multiplicando, em oposição a progresso e bem-estar de gente que trabalha. Lembre-se, não escreva a chamada nestes termos, apenas sugira a imagem que já está impregnada no cérebro do leitor mal-informado (muitas vezes, por opção). Lance mão de verbos como encarecer e atrasar – são infalíveis para direcionar ainda mais a leitura e povoar vácuos mentais com desinformação de primeira. Não é necessário mais nada; para o mau entendedor, as entrelinhas gritam que ele gastando dinheiro para sustentar vagabundo. Perfeito. 

Na sequência, mencione fatos históricos capazes de despertar presepadas bairristas. Se o tema envolver terras, por exemplo, crie títulos que façam alusão a conflitos históricos “ganhos”. Utilize versões oficiais, daquelas capazes de agradar de autoridades a separatistas. E, claro, faça pairar a ameaça de invasores, da “gente que não é da terra” roubando terreno – literal e simbolicamente falando. 

Não esqueça de dar a entender que “esquerdistas” e ONGs apoiam e sustentam tais movimentos. Nunca deixe de citar que ONGs, movimentos sociais e a esquerda desviam dinheiro. Generalize de tal forma que vire a regra. Assim, a cada vez que se ler movimento social, por exemplo, se estará entendendo ladrões e criminosos

Utilize a imagem da fábrica, sempre que puder, pois nesses casos remete a dois sentidos negativos e complementares: o de invenção (mentira) e o de produção em série, de multiplicação (de coisas ruins).


Indique pareceres de órgãos governamentais para corroborar sua teoria. 


Mesmo que se trate de órgãos há anos envolvidos em diferentes denúncias sobre malversação. Aparentemente, isso leva à contradição, afinal, de que forma citar como séria uma fundação investigada pela própria PF por venda de licenças ambientais e mesmo assim utilizar seus pareceres a respeito de ocupação de terras? Ora, não se preocupe. Leitor reaça/mal-informado não precisa de qualidade nem veracidade de dados para formar opinião sobre qualquer que seja o assunto. E o que poderia ser motivo de desabono, passa batido. Tomemos outro exemplo: a supra citada fundação e denúncias sobre recebimento de “agrados” para liberação de licenças ambientais


Leitor mediano sem muita coisa no porta-ideias não se importa com esse tipo de denúncia. Mais que isso, acredita piamente que seja inveja do povo que não pode bancar um BMW ou que não pode comprar no xóps construído em área de preservação. Resumindo, dá nada, e se dá, é pouquinho

Vinhetinhas espertinhas também servem como boa isca para quem é revoltadão-de-bem e já comprou e assinou embaixo um julgamento disfarçado de reportagem. Não esqueça: movimentos sociais, manipulação, aumento, força são termos que funcionam pra tudo, mesmo que utilizados sem muito sentido.

E, muito importante. Utilize pretensas biografias como se fossem acusações de crimes. A chave de leitura já está dada, então, quaisquer ainda e apenas parecerão apontar atos que merecem punição. De preferência, capital. E se conseguir alguma ligação com o governo federal, aí, é garantia de punhos agitados no ar, salivação intensa e desejo de linchamentos.
Por fim, arrume um design bonitinho para a página do seu texto, que dê uma sensação de dossiê, de pesquisa braba e de imparcialidade. É isso! 

O resultado, aqui. Parabéns.






   

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Há 100 anos. E agora há pouco


Sou jovem, tenho vinte anos, mas da vida conheço apenas o desespero, o medo, a morte e a mais insana superficialidade que se estende sobre um abismo de sofrimento. Vejo como os povos são insuflados uns contra os outros e como se matam em silêncio, ignorantes, tolos, submissos e inocentes. Vejo que os cérebros mais inteligentes do mundo inventam armas e palavras para que tudo isto se faça com mais requintes e maior duração. E, como eu, todos os homens de minha idade, tanto deste quanto do outro lado, no mundo inteiro, vêem isto; toda a minha geração sofre comigo. Que fariam nossos pais se um dia nós nos levantássemos e nos apresentássemos a eles, para exigir que nos prestassem contas? Que esperam de nós, se algum dia a guerra terminar? Durante todos esses anos, nossa única preocupação foi matar. Nossa primeira profissão na vida. Nosso conhecimento da vida limita-se à morte. Que se pode fazer, depois disto? Que será de nós?
Erich Maria Remarque – Nada de novo no front 









“Estão presos porque são culpados”


Não eram bombas? Ah, mas se estão presos é porque são culpados de algo...
Leonardo Sakamoto


Relatórios do grupo antibombas da polícia de São Paulo e do Instituto de Criminalística apontam que Fábio Hideki Harano e Rafael Lusvarghi, presos há 43 dias acusados de porte de explosivos, incitação ao crime, associação criminosa, não carregavam produtos explosivos ou incendiários durante manifestação durante a Copa do Mundo. Uma das razões para prisão dos dois foi exatamente a posse desse tipo de artefato. 

A Secretaria de Segurança Pública afirma que as denúncias “não se baseiam apenas em objetos encontrados com ambos'', segundo reportagem de Giba Bergamim Jr, da Folha de S. Paulo. Mas não mostra que provas são essas. Pelo contrário, usa o argumento de que há um processo contra eles – sendo que é exatamente a fundamentação desse processo que está sendo questionada. É tão surreal que se Kafka tivesse nascido na São Paulo de hoje, não teria feito tanto sucesso.

Olha, o racional agora seria rever o processo e soltar os dois. Mas São Paulo não é racional. Então, não me admiraria se ambos forem acusados de transformar explosivos em substância inertes à distância com a ajuda de Harry Potter com a orientação de Severus Snape. O Rio não elencou Bakunin como suspeito? Por que São Paulo não pode indiciar Harry Potter?

Agora, vamos ser sinceros: parte de vocês queria tanto que alguém pagasse por conta dos congestionamentos causados pelas manifestações ou pelo ataque às vitrines de lojas e de concessionárias de veículos que não se importa se todas as provas são confiáveis ou não. Para muitos de vocês, aliás, não importa se ambos são culpados ou inocentes de qualquer coisa. Eles têm que pagar simplesmente porque alguém tem que pagar em nome de todas as tentativas de subverter a ordem.

Afinal, por que as pessoas têm que protestar? Por que elas não podem sofrem em silêncio e ranger os dentes de forma patética como eu?

Saiba que existem várias formas de linchamento. E você, que comemora uma prisão com provas discutíveis, está cometendo uma delas.

Pois qual a diferença disso e da história de um homem que foi espancado até a morte e teve a casa incendiada e o bar destruído após ser acusado de ter sido o responsável pela morte de uma adolescente no interior de São Paulo? A turba idiota não quis saber e rolou, ladeira abaixo, uma bola de neve de rumores, fofocas e maldizeres, decidindo que ele era culpado. Ao final, questionado pela barbárie, um dos participantes da loucura declarou: “Se a gente fez, ele deve. Alguma coisa ele deve''. A investigação posterior, contudo, não apontou uma pessoa como a responsável pelo assassinato da adolescente.

Para muitos, decisões sem embasamento são lindas desde que sejam sumárias e rápidas, executadas pelas mãos da população ou pelas do próprio Estado. Não querem Justiça, querem vingança. Contra o que? Sei lá, só vingança.

Do meu ponto de vista, Justiça divina não existe e o universo não conspira a favor ou contra nada. Por isso, desejo tanto que nossa polícia e nossa Justiça funcione aqui e agora. Daí a importância de momentos como este. Para que possamos corrigir os rumos de um Estado que prende e uma população que condena mesmo sem provas.



sábado, 2 de agosto de 2014

Piada pra Curitibano

|Bennet|



Tá. Detesto “explicação de piada”, mas pra quem não é da Terra dos Pinheirais, aí vai – mal filmado da sacada do ap. dos meus pais, um ano atrás, com um telefone celular; serve pra dar a ideia...


Quão sensacional é doce de leite, chocolate e qualidade na mesma frase dita por um curitibano?! Sei que não parece tão excepcional, mas juntamente com Gilda, Borboleta 13, Califa 33 e a Loira Fantasma, o Carro do Sonho também forma o caráter daquela terra. Tá?!



sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Humor negro. Involuntário.



Grossura. Inerente.
Ah, o Diário Catarinense e seus redatores sempre tão polidos e sóbrios, né? (nããããooo!). Depois da bizarra ordem das ações e do delicado “escritora se mata”, só faltou o Peréio, pra fechar a frase da chamada acima como merecia. Pôxa.






Reforma, Contrarreforma e decoração de interiores

Então, pode parecer que é mágoa de caboclo historiador, mas é só dúvida mesmo, porque religião é coisa que me confunde. Por exemplo, o tal Templo de Salomão, inaugurado em São Paulo – sede de uma igreja pentecostal cristã, aonde vai o cidadão de bem buscar  mais bens via intervenção divina. Tá, mas e aquela história do templo de mesmo nome, o “protótipo” mesmo, lá no Oriente Médio? Lembram, Antigo Testamento, rei Davi compra o terreno, sei filho Salomão provê o templo, honra, glória e etc e tal, e o babilônio Nabucodonosor bota abaixo? Sinagoga feelings!!!! E aí, como assim, o Templo de Salomão orando para Jesus, com pastor usando talit e kipá?

Já dá pra avisar o Likud?

E parece que o pastor-bispo-paramentado-de-rabi Edir Macedo anda se comparando a Abraão. A gente sabe que ele quer abrir a carteira de clientes, mas até então, era só literalmente, né? Agora, tá parecendo que ele quer ampliar o público-alvo. Prevejo minaretes no Templo de Salomão, chamando os fiéis ao culto. Se bobear, vai rolar moinho de preces e ilê axé

Enquanto isso, na terra de meus antepassados maternos, moçada tá boicotando a imagem de uma santa porque ela seria feia, feia mesmo. Parece que até um santo lifting foi tentado, mas nada deu jeito à aparência da pobre. Agora, vão substitui-la. As ovelhas que quiserem contribuir para a vaquinha podem fazê-lo via Internet (faltam uns R$ 70 mil). 

Não era sem tempo, porque já estão de bullying pra cima da santa:


Sacanagem, moçada! Tem gente se revoltando contra a “ditadura da beleza” hagiográfica. Tem quem apoie: o Google Street, por exemplo, sequer mostra os traços da N. Senhora! Certeza que acharam feia (“ah, não! Essa aí não vai entrar! Deixa nítido aquele caminhão verde, e estamos conversados”).

Já eu, em minha modesta opinião, acho que está mais que na hora de chamarem Cecília Giménez. Sério.