Caí por azar num site com provérbios portugueses. Alguns são lindinhos que só, como Deus me dê paciência e um paninho para a embrulhar. Outros, acho que descobri tarde, pois valiam uma epígrafe nos meus scriptos acadêmicos: Medicos de Valença, grandes fraldas, pouca sciencia; ou Mijar claro, dar huma figa ao medico. Todos excelentes, alguns com a grafia “de antanho”:
☛Nam [não] sejais forneira, se tendes a cabeça de manteiga;
☛A cruz nos peitos e o diabo nos feitos;
☛Nam há panella tam fea que nam ache seu cobertouro;
☛Quem casa com molher rica e fea, tem ruim cama e boa mesa;
☛Antes caia do cu do que do alforge;
☛A quem tem molher fermosa, castello em fronteira, vinha na carreira, nam lhe falta cançeira;
☛May [mãe], que cousa é casar? Filha, fiar, parir e chorar;
☛Cu de cão e nariz de gente, nunca está quente;
☛Ao diabo e à mulher nunca falta que fazer;
☛Mulher que assobia, ou capa porcos ou atraiçoa o marido;
☛Nunca falta um chinelo velho para um pé manco;
Mas ainda não captei o sentido de alguns:
↝Pau deitado não chama trovoada;
↝P'ra trás, mija a burra;
↝P'lo S. João, perdigoto na mão.
Se alguém tiver uma pista, por favor, divida aqui no desgoverno, sim?