segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Chinelo velho para pé manco – Dos provérbios portugueses

Caí por azar num site com provérbios portugueses. Alguns são lindinhos que só, como Deus me dê paciência e um paninho para a embrulhar. Outros, acho que descobri tarde, pois valiam uma epígrafe nos meus scriptos acadêmicos: Medicos de Valença, grandes fraldas, pouca sciencia; ou Mijar claro, dar huma figa ao medico. Todos excelentes, alguns com a grafia “de antanho”: 

Nam [não] sejais forneira, se tendes a cabeça de manteiga;
A cruz nos peitos e o diabo nos feitos; 
Nam há panella tam fea que nam ache seu cobertouro; 
Quem casa com molher rica e fea, tem ruim cama e boa mesa; 
Antes caia do cu do que do alforge;
A quem tem molher fermosa, castello em fronteira, vinha na carreira, nam lhe falta cançeira;
May [mãe], que cousa é casar? Filha, fiar, parir e chorar;
Cu de cão e nariz de gente, nunca está quente;
Ao diabo e à mulher nunca falta que fazer;
Mulher que assobia, ou capa porcos ou atraiçoa o marido;
Nunca falta um chinelo velho para um pé manco;

Mas ainda não captei o sentido de alguns:

Pau deitado não chama trovoada;
P'ra trás, mija a burra;
P'lo S. João, perdigoto na mão.

Se alguém tiver uma pista, por favor, divida aqui no desgoverno, sim?