terça-feira, 4 de novembro de 2014

Ônibus em Florianópolis: mudou o que mesmo?

Depois de ter dado capa para matéria que afirmava que tudo estava joinha-legal-bacana-mesmo-primeiro-mundo-parabéns-ao-prefeito, o Diário Catarinense acabou tendo que mostrar que a coisa está um fiasco; pois os leitores encheram suas páginas de comentários sobre o que realmente está se passando nas ruas das cidade. Entre paradas e linhas suprimidas, atrasos nas rotas regulares e valores sem noção, a prefeitura afirma que isso são “melhorias” no sistema de transporte urbano. E manda a Secretaria Municipal de Comunicação também encher os espaços para comentários de leitores com justificativas cínicas. 



Claro. E após tamanha defesa, ficamos a imaginar que o prefeito César Souza Jr e seu staff se desloquem de busão a todo o momento, certo? Principalmente agora, que estão em Londres...


Leva o caneco da cara de pau e da arrogância enfeitadinhas de emebiêi administrativo o fato de que um consórcio mega-plus-golden-master passaria a administrar a quizumba, no lugar das empresas de ônibus, e que tudo seria só alegria. Quem compõe o consórcio? Ora, as mesmíssimas empresas de ônibus da cidade. Só que agora, elas atendem pelo nome de consórcio... Usuários não gostaram? Bem, administradores e empresários estão dormindo na pia, chorando godê de tanta preocupação com a população.

Mas assim, só lembrando: junho de 2013. É bom esclarecer que o movimento começou e tomou força na discussão e nas manifestações contra monopólios das empresas de ônibus, contra a concepção que as administrações municipais têm sobre transporte público e mobilidade urbana. Movimento Passe Livre. População acima de interesses empresariais. Nada a ver com a centena de alienados (educação moral e cívica rootsque se pintaram de ordem-e-progresso pra dizer que eram a elite do país e não estavam felizes com o imposto sobre o iPhone e nem com “classe C” no aeroporto...


Túnel Antonieta de Barros (Via Expressa Sul) 
 Florianópolis, 25 de junho de 2013.