sábado, 23 de janeiro de 2016

Acredite: há coisa pior que Bolsonaro

Bolsonaro, lembrem, foi o capitão do exército que planejou explodir bombas em 1987, visando chamar a atenção para os baixos salários dos oficiais e pressionar as autoridades para o fato. Falastrão, bravateiro e terrorista, conseguiu ser desmentido até pela revista Veja (!).

Trinta anos depois, o mesmo falastrão terrorista quer definir o que deve ser ensinado nas escolas. Orgulhoso de seu conhecimento precário e seu raciocínio em carência crônica, Bolso lança mão dos valores familiares e moralistas, da bíblia e do óleo de fígado de bacalhau para angariar votos entre os zumbis que povoam a nação.


E é justamente nesse orgulho-zumbi-ostentação que se percebe coisa bem pior que o Bolso – são seus eleitores, verde-amarelos, destemidos nas quebradas virtuais ou também adolescentes tardios, alguns já entrados na trintena, precisados de uma revolta pra chamar de sua, mesmo que seja a da estupidez concentrada; e ainda, o zumbi-leitor do Código da Vinci que acredita ter certificado de erudito (sem nem suspeitar que Da Vinci era gay, by the way). 

Dá pra gargalhar muito às custas de tanta tosquice e deselegância, mas também dá pra ter arrepios... São esses semi-viventes aí embaixo, junto com o Bolso, que querem determinar como as crianças brasileiras devem ser educadas, o que os educadores podem produzir e no que você pode pensar. Valei-me Nossa Senhora da Iluminação a Gás!