quarta-feira, 22 de maio de 2024

Escolas cívico-militares: autoexplicativas

 

Para variar, o que ainda prevalece neste debate são as parcas&porcas ideias de criaturas que sequer puseram o pé numa escola pública, da rapinagem empresarial, do analfabetismo funcional reaça e de qualquer vivente que consiga articular meia dúzia de palavras. Todo mundo tem discurso pronto para papagaiar sobre a escola pública e o ensino – de tá faltando religião a tem que cantar o hino nacional de 2 em 2h, frisando a necessidade de trabalho a partir dos 13, de ordem unida, programas de ensino medíocres e aquela pedagogia de delegacia criminosa. Professoras/es falando a respeito? Humpf! Doutrinação! Onde já se viu especialista falando sobre a própria área de atuação? Aliás, é só falar em profs que a dermatite de contato anticomunista já se manifesta.

E claro, o indefectível porque no meu tempo nunca perde a força.

 

[Campanha do Movimento Brasileiro de Alfabetização – Mobral, 1970] 
 
Sobre o tema: Militarização das escolas públicas no Brasil – dossiê da Revista Retratos da Escola v.17, n. 37